Criado por Lígia Souza | Editado por Lígia Souza
Na passagem do ano de 2021 para 2022, buscamos compreender as interseções que se estabeleciam entre as expressões "continuar, recomeçar, iniciar" e o contexto de nossa Universidade, tamanho os desafios que temos enfrentado para mantê-la como uma instância democrática no âmbito da sociedade brasileira. A pandemia, as ingerências políticas, as limitações orçamentárias, as guerras, a difícil compreensão do que vem a ser diversidade compondo esse mosaico provocativo nos levam a afirmar que as preocupações de então ganham novos contornos a partir deste 15 de março.
De alguma forma, este momento é semelhante ao início de um novo ano, de um novo ciclo. Em diálogo permanente com nossa comunidade, planejamos ações, sempre apostando no valor da Ciência, que neste momento tem como principal ícone a vacina, que é capaz de reduzir os riscos de contaminação e os efeitos da Covid-19 nos que foram infectados.
Aperfeiçoamos nossos protocolos de biossegurança, o plano de contingenciamento e executamos melhorias de nossa infraestrutura (condicionadas a limites orçamentários) para enfrentarmos da melhor maneira possível essa retomada de 100% de nossas atividades presenciais. Sabemos, no entanto, que muitas outras questões surgirão no decorrer desse processo, o que exigirá de cada um de nós intenso exercício de alteridade para a consolidação de uma jornada mais equilibrada. Compreendendo o outro, compreenderemos melhor a nós mesmos!
A vida não se encerra em nossas jornadas individuais, e a universidade é prova viva de uma resistência construída no âmbito do coletivo e do debate conceitual, o que nos traz a perenidade diante das adversidades que atravessaram e atravessam a sua progressão histórica. Conhecer nossos limites é saber que eles ainda serão superados por nossos sucessores, assim como superamos, muitas vezes, as condições deixadas por nossos antecessores. Devemos exercitar nossa capacidade de enfrentar problemas sustentada na condição da calma, da perseverança e da ação propositiva.
Nossa mensagem de acolhimento, de boas-vindas, portanto, busca ressaltar a força de cada um de nós que chegou até aqui, assim como daqueles que não tiveram a mesma oportunidade, e que, mesmo diante dos próprios limites, criou um campo capaz de garantir a existência de nossa Instituição. Uma existência que tem na vida seu principal pilar de sustentação.
Vivamos este momento com a melhor energia que podemos, com criatividade para encontrar soluções, com solidariedade aos que nos rodeiam! Os desafios que estão por vir só podem ser superados pelo coletivo a que damos o nome de UFOP.
Cuidar de si é cuidar da comunidade!
Cláudia Marliére – Reitora
Hermínio Nalini Júnior – Vice-reitor
